Che era um chefe insuperável;
Che era, do ponto de vista militar,
um homem extraordinariamente capaz,
extraordinariamente valente,
extraordinariamente agressivo.
Se, como guerrilheiro,
tinha um calcanhar de Aquiles,
esse calcanhar era sua excessiva agressividade,
seu absoluto desprezo pelo perigo”
(Fidel
Castro)
Recentemente, falamos de um dos
principais líderes revolucionários da história da humanidade, um camarada e
comandante à qual nosso picadeiro de terra batida e lona furada tem muita
honra: Ernesto Che Guevara, o Comandante!
Fizemos quando da oportunidade de celebrarmos
seu aniversário de nascimento: 14 de maio (http://ouniversalcircocritico.blogspot.com.br/2015/06/che-vive.html).
Aqui, neste picadeiro (que nunca negou qualquer manifestação, assim como nunca
deixou de comentá-las), ninguém se manifestou... mas as “novas ruas e salas de
aula”...
– Tu tá falando das redes sociais,
né não? (Palhaço)
– Isso, Strovézio... o lugar onde “revoltados”
se escondem no meio de poucas pessoas sérias e transparentes.
As “novas ruas” desfilaram todo seu
ódio de classe. Claro, respondemos quase que imediatamente (http://ouniversalcircocritico.blogspot.com.br/2015/06/aos-que-odeiam-che.html).
Mas hoje, é diferente. Até porque são poucos aqueles que
celebramos, também, sua partida... e eles estão no nível de Che!
Em 8 de outubro de 1967, após meses
nas florestas bolivianas, Che é capturado na Quebrada del Churo e levado, sob
custódia e ferido na perna, a uma escola em La Higuera.
Em 8 de outubro, prendiam (para o
deleite burguês local e a euforia imperialista americana – que havia sofrido
humilhantes derrotas em Cuba, após a revolução de 1959) um bravo guerrilheiro,
um grande comandante...
Imbecis: acharam que não haveria um legado, que
esse legado não ultrapassaria décadas, que não ultrapassaria fronteiras...
Acreditaram que, assim como seus próprios
ídolos, fabricados, maquiados, vazios de ideias, que quando mortos ou meramente
inoperantes, deixam de existir, que o mesmo aconteceria com Che...
Não conseguiram e sequer conseguem entender como
não conseguiram. “Mas fomos nós que
criamos a ideia de indústria cultural, de consumo de ideias, bandeiras,
desejos, projetos que, quando consumidos, são esquecidos... como não
conseguimos acabar com a memória de Che?”
– Pior são os memes que botam por aí, tentando
chacotear com sua imagem e legado, de que Che odiava negros e rock’n’roll...
(Palhaço)
– É, Strovézio... Ele fez a Revolução em Cuba,
foi à África e odiava negros... e, ao criticar o rock, criticava a indústria
musical americana e a defesa da música (riquíssima, impressionantemente
riquíssima) cubana... Mais imbecilidades.
Foi em 9 de outubro, dia seguinte, que Che foi
assassinado... Preso, sob custódia do Estado boliviano, ferido. Mas não era suficiente.
O Presidente-ditador Barrientos (capacho da
Cia) ordenou. Um agente da CIA (Félix Rodrigues, um cubano exilado) encarou o
Comandante e amedrontou-se... o Sargento Mario Téran recebeu a ordem. Hesitou,
consultou o coronel sobre a possibilidade de ordem ser anulada... Voltou...
Hesitou de novo e, desta vez, por 40 minutos.
– Fique tranquilo e aponte bem! Vai matar um
homem! (Disse Che, segundo relato do próprio Sargento Téran).
...
Em tempos de desesperança, lembro, dentre
tantas lições (as que vivi e as que escutei) as do Comandante Ernesto Che
Guevara.
E, em tempos de desesperança, em que a luta se
faz mais do que necessária, celebramos a luta... Celebramos a liberdade...
Celebramos Che...
– Comandante Che! PRESENTE!
Venham Todos!
Venham Todas!
PS.: Hoje,
celebramos com muita alegria, também, nossa querida camarada, professora,
lutadora do povo, Celi Taffarel! Incansável... Ao lado dos/as trabalhadores/as “onde
eles estiverem”, como ela mesmo sempre diz...
E se está ao lado dos/as
trabalhadores (e está), estamos ao seu lado.
Vida Longa, Celi Taffarel!
Vida Longa!
Celi Taffarel, em ato em defesa da Universidade Pública 5 de outubro - meu acervo |
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Espero que aprecie o espetáculo, livre, popular, revolucionário, brincante...! E grato fico pelo seu comentário...
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Vida Longa!
Marcelo "Russo" Ferreira