“Hay
que endurecerse,
pero
sin perder la ternura
jamás!”
Hoje é 14 de maio... Nascia (segundo algumas fontes) em
Rosário, Argentina, Ernesto Guevara de la Sierna... Nascia Che!
Vez aqui, vez ali, escuto (diretamente ou pela “rádio
corredor”) ou leio sobre o ódio ou a descrença de humanidade em Ernesto Che
Guevara, El comandante.
Todo ano que dirijo minhas palavras às turmas que se
formam, na UFPA/Castanhal, dialogar com Che é quase uma obrigação, justamente
pelas palavras que ele deixou aos estudantes, tanto sobre o exercício e a
disciplina de estudar (não tem cansaço, não tem vista cansada... é preciso
estudar), como sobre reconstruir a Universidade, pintando-a de camponesa,
negra, trabalhadora, indígena etc.
Tá lá nos “Discurso de Formatura” deste Circo, não
preciso repeti-los.
Literatura? Tem, e bastante. Eu prefiro a de Paco Ignácio
Taibo II (pela Expressão Popular), “Ernesto
Guevara, também conhecido como Che”. Biografia intensa e talvez uma das
mais completas.
Tem também as “biografias” que querem justamente pintar
Che como sanguinário, assassino e o escambal, como aquela revista semanal que adora
ser folheto. A última “biografia” que vi em prateleiras de livrarias locais
tinha a palavra “imbecil” no título, referindo-se aos leitores que o admiram.
Já vi também alguns alunos e professores repetirem cegamente esse mantra. Sem,
possivelmente, nunca terem lido muita coisa dele.
Três filmes contam sua história: Diários de Motocicleta (dirigido pelo brasileiro Walter Sales e com
o mexicano Gael Garcia Bernal representando o jovem Che), Che – O Argentino (com o codinome de “Relatos da Revolução Cubana”)
e Che – A Guerrilha, ambos protagonizados
por Benício Del Toro, além de alguns documentários e registros oficiais (como
seu Discurso na ONU)
Três filmes que, claro, não dão conta de resumir a
biografia, a história, a luta e o mártir de Che, mas que são boas sínteses. Ler
a biografia ainda é a melhor opção.
–
Inclusive para os reacionariozinhos de
meia-pataca, com opinião já formada (Palhaço).
– Inclusive, Strovésio...
Suas
lições são muitas. Sua história mostra-se insuperável, ao ponto de esses que
Strovésio citou sempre se darem ao trabalho de manchar sua imagem. O cara
morreu, assassinado, a quase 50 anos e não conseguem apagar sua imagem e
significado da juventude e da humanidade.
Contraditoriamente, a imagem de Che chegou a ser uma das
10 mais comercializadas do mundo ocidental.
–
Deliram os capitalistas!!!!! (Palhaço)
Em
setembro de 1997, em Santiago do Chile, um Espetáculo chamado “Por siempre Che”.
Milhares de pessoas, a grande maioria jovens (que não tinham nascido quando Che
foi assassinado na Bolívia)... Um espetáculo emocionante.
E foi pelo ideário de Liberdade, de Luta, de nunca recuar
que sua história nos presenteou com artistas fantásticos. Do Chile, Violeta
Parra e Victor Jara (este último assassinado pela ditadura chilena de Pinochet,
com ossos das mãos quebrados em tortura e 44... 44 marcas de bala e que, preso,
ainda fez poemas), Da Argentina a maravilhosa Mercedes Sosa – La Negra. E, de
certa maneira, Raíces de América (um grupo com artista de diferentes
nacionalidades).
Na
América Latina, centenas de artistas desconhecidos (por necessidade) da
indústria cultural que a cada dia lança lixo e mais lixo à nossa juventude. Para compensar um pouco, uma contribuição de Nathalie Carnode... Hasta Siempre...
Na particularidade deste brincante, um quadro de Che, com
a frase epígrafe desta postagem me acompanha desde pequeno. Havia sido presente
de meu velho Vô...
– Hiram
de Lima Pereira! Presente!
–
Presente!
...
pois então. Quando ainda entrando na adolescência já havia me “apropriado”
deste quadro que me acompanha até hoje. Uma das poucas verdadeiras heranças que
deixarei em vida.
A nós, neste pequeno picadeiro de terra batida, de lona furada,
nossa alegria de sermos Herdeiros de Che: de seus sonhos de Pátria Livre, de
sua luta e de sua disciplina.
Aqui, nossa muito humilde homenagem ao Comandante.
Comandante Che, Presente!
Ao nosso público, nossos sempre
convites: Sejamos Revolucionários. É a qualidade que tem aqueles que se
indignam com qualquer injustiça cometida contra qualquer pessoa em qualquer
parte do mundo. Claro, também ensinamento de Che...
Venham Todos!
Venham Todas!
E hoje tem Espetáculo!
– Tem, sim Senhor!!!!!
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O Universal Circo Crítico abre seu picadeiro e agradece tê-lo/a em nosso público.
Espero que aprecie o espetáculo, livre, popular, revolucionário, brincante...! E grato fico pelo seu comentário...
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Vida Longa!
Marcelo "Russo" Ferreira